O Baguete Diário nasceu em 1997, inicialmente como uma forma de fazer o jornalista Gilnei Marques acordar cedo. Na época trabalhando só no turno da tarde, Marques acordava cedo em casa e escolhia as notícias mais importantes das editorias de Política, Economia, Mundo e Esportes, publicadas nos primeiros sites de notícias brasileiros.
As matérias escolhidas eram enviadas às 07h, frescas e quentinhas como pão recém saído da padaria. Os destinatários eram os assinantes de um serviço de um provedor de acesso em Porto Alegre. Logo apareceram outros interessados, e o número total de e-mails enviados por dia chegou a 75 mil.
O hobbie matinal de Marques logo começaria a dar dinheiro já em 1998 quando a gaúcha Maxwell contratou uma newsletter específica, com novidades do mercado e notícias próprias. A novidade foi um grande canal para ampliação dos negócios da empresa na época.
Já mais próximo do final do século, começou o boom da Internet brasileira. Milhões de dólares foram investidos na abertura de portais no país. Hora de mudar o rumo do Baguete, que passou a fornecer conteúdo para as páginas que nasciam sem parar. O clipping gratuito passou a ser vendido. Os clientes chegaram a 60, em 17 estados brasileiros.
Assim como chegou, o dinheiro dos investidores foi embora. O mercado passou por uma consolidação, e muitos dos clientes do Baguete foram comprados ou fecharam. Nova mudança: agora o Baguete começa a fornecer conteúdos para os portais de empresas em geral, carentes de conteúdo atrativo para seus públicos.
Em 2000, aconteceu o que seria a troca de rumo mais importante da história do negócio. Junto com Plug In, Espacio Digital e Steffen & Pozzi, o Baguete criou um evento de networking em Porto Alegre, batizado de Terceira Terça. A média de público batia 400 pessoas e os negócios eram feitos em série.
O público predominante do Terceira Terça era formado por empresários do setor de tecnologia, mas além das conversas informais dentro do evento, esse público não dispunha de nenhuma outra fonte de informação focada nos seus interesses. Vendo a chance, o Baguete aposentou os clippings e se converteu em um portal de notícias sobre TI, com foco nas empresas e nas pessoas da região Sul.
A idéia não demorou em ser um sucesso, e hoje o site tem cerca de 2 milhões de pageviews mensais e 25 mil assinantes da edição diária da newsletter. Em sua grande maioria, executivos com poder de decisão sobre orçamentos de TI. Ao mesmo tempo, o Baguete segue oferecendo serviços de Inteligência Competitiva – clippings focados nas necessidades de negócio – e conteúdo específico para sites e newsletters, o Jornalismo Empresarial Digital.
Em 2006, o Baguete sofre a perda do seu fundador, Gilnei Marques. O empreendimento passa a ser conduzido pelo antigo sócio de Marques, Gerson Leonini, e pelo jornalista Maurício Renner, que entra como sócio após três anos de empresa.
No ano seguinte, o Baguete faz uma reforma geral. Muda o logotipo e o design do portal, que modernizado, oferece muito mais destaque às matérias e aos anunciantes. De olho na tradição de inovação do negócio, o Baguete atualmente planeja entrar em novas mídias, como as rádios web e o conteúdo para celulares.
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